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Líder de resultado: conheça as 6 características indispensáveis para ser um

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Ser um líder de resultado é um dos principais desafios dos gestores. Isso porque a liderança vai muito além de dar ordens aos liderados, comandar e controlar. O exercício dessa posição envolve o agir de forma estratégica, ter foco, disciplina, inteligência emocional, entre outras habilidades imprescindíveis.

O líder precisa ter em mente que os resultados da empresa dependem, diretamente, da qualidade de sua gestão e da habilidade de lidar com as pessoas. Por isso, cabe a ele não só delegar e cobrar, como, também, manter um ambiente propício à motivação dos times e conseguir estruturá-los de modo inteligente, alinhá-los e engajá-los a trabalhar por um objetivo maior.

Se você ainda tiver dúvidas de quais características são cruciais em um líder de resultado, não se preocupe. Neste post, explicaremos as 6 características de um líder de resultado, e, também, explicaremos sobre o que não deve ser feito no exercício da liderança e como se desenvolver para ser um líder efetivo.

A importância de saber como liderar

Como já comentamos, saber como liderar uma equipe é crucial. No cotidiano das empresas, trata-se de algo que, certas vezes, pode acabar sendo deixado de lado — afinal, o líder, assim como os demais colaboradores, também, têm tarefas para entregar. Contudo, é aqui que costumam aparecer os problemas que afetam os resultados organizacionais.

Não é incomum que times que não são liderados de forma estratégica acabem se desviando das metas e dos objetivos traçados, já que, muitas vezes, não estão motivados ou, sequer, incentivados para tal.

A falha na comunicação entre líder e equipe, também, é um fator que pode interferir na qualidade das entregas — ou seja, todo o cuidado e clareza na delegação de tarefas nunca é demais.

É importante entender que todo líder deveria ser um gestor, mas isso nem sempre acontece. Todo gestor deveria também ser um líder, porém, é mais fácil encontrar gestores do que líderes nas organizações.

A liderança requer, inevitavelmente, o uso inteligente do poder para engajar e incentivar as ações de outras pessoas. Se o gestor não souber como fazer isso, acabará se tornando apenas alguém que, apesar de contar com uma posição superior na hierarquia da corporação, não tem a colaboração de seus liderados.

Abaixo, reunimos as 6 principais características de um líder de resultado, que sabe atuar de forma estratégica e extrair o melhor dos seus times.

6 características de um líder de resultado

1. Comunicar – Saber ouvir e perguntar, mais do que falar

A comunicação do líder moderno deve ir além da fala eloquente ou motivadora. O líder de resultado abre um canal de diálogo com seus liderados, o que funciona como uma via de mão dupla. Ou seja, além de se expressar com clareza – conseguir ouvir o que os colaboradores têm a dizer.

Para que as palavras gerem conexão com os liderados, antes, é preciso escutar ativamente. Por outro lado, a escuta ativa requer um profundo e verdadeiro interesse pelo outro. O que nos leva a concluir que é impossível comunicar-se verdadeiramente sem empatia.

Outro aspecto da comunicação é saber fazer as perguntas certas. A habilidade de fazer perguntas é um diferencial. Com essa habilidade torna-se fácil levar as pessoas a realizarem mais, sem precisar ordens ou comandos.

2. Mediar conflitos, jamais zerar as divergências

É comum existir vários tipos de conflitos nos ambientes de trabalho. E quando eles não ocorrem, talvez haja uma falsa harmonia. Os líderes inexperientes tendem a abafar o conflito ou forçar a unanimidade.

Os líderes precisam estar preparados para lidar com situações como essas de forma democrática, transparente e tranquila.

Isso significa ouvir todas as partes envolvidas no conflito e gerenciá-lo com neutralidade, buscando soluções inclusivas que satisfaçam a todos.

Dessa forma, a empresa ganha um ambiente honesto – onde as pessoas podem ser elas mesmas, harmônico – com a presença de conflitos saudáveis, e sobretudo, inovador – o questionamento de ideias e processos geralmente estão por trás de muitos conflitos.

Alguns líderes optam por liderados que são muito parecidos com eles para evitar que os conflitos aconteçam. No curto prazo, essa escolha é aparentemente estratégica, no médio e longo prazos, destrói a capacidade da organização de inovar.

3. Ser humilde, nunca subserviente

Ser humilde é, definitivamente, uma das principais características um líder de resultado. Ao reconhecer que também falha e que não é melhor que os demais por ocupar um cargo de liderança, o líder conquista a confiança dos liderados e, assim, consegue geri-los de forma mais eficiente.

A humildade é ser capaz de compartilhar os erros e aprender com eles, saber pedir ajuda e colaboração, reconhecer que não sabe tudo. Mas, não confunda esse conceito com subserviência ou falta de enfrentamento. O líder de resultado pode e deve exercer a humildade sem perder a firmeza em suas colocações e defesa do seu ponto de vista.

Outro ponto importante, o líder reconhecer de que precisa de outras pessoas para ajudá-lo em seu desenvolvimento, precisa de disciplina e de estrutura.

4. Ser inteligente emocionalmente – diferente de ser “bonzinho”

O exercício da liderança envolve lidar com altos e baixos — em outras palavras, estresse, frustrações e descontentamentos são fatores que, em um dia ou outro, vão se fazer presentes.

Nessas situações, ter um bom controle das emoções é uma característica indispensável para um líder de resultado. Isso envolve ter inteligência emocional, ou seja, controlar as emoções e saber usá-las para benefício próprio.

A inteligência emocional é uma das competências mais importantes para definir um líder de alto desempenho.

Para desenvolver a inteligência emocional, segundo Daniel Goleman, é preciso:

  1. Autoconsciência – Capacidade de perceber a si mesmo e autoconhecimento. Como as emoções chegam até você e como você reage a elas?
  2. Autocontrole – Capacidade de romper o padrão recorrente de um comportamento por meio da adoção de técnicas.
  3. Empatia – Capacidade de vê a situação com os olhos da outra pessoa.
  4. Habilidades sociais – Capacidade de relacionar-se eficazmente, independentemente do bom ou mau humor da outra pessoa.
  5. Disciplina “sem camisa de força”

Não podemos negar que o trabalho dos líderes é difícil: eles precisam gerenciar a si mesmos, liderar os colaboradores e manter os processos da empresa na direção certa. Para lidar com tudo isso, além da inteligência emocional, é fundamental contar com a disciplina.

Muitos profissionais confundem a disciplina com uma camisa de força que as impede de fazer as coisas de formas diferentes e melhores.

A disciplina é a arte de concluir o que iniciou e está cada vez mais difícil imaginarmos um líder de resultado, sem disciplina. Todos os recursos que temos disponíveis para facilitar a vida moderna e o trabalho dos líderes, exigem disciplina para executá-los.

Conversas significativas com colaboradores exigem disciplina, não pode ser algo fortuito. Gestão do dia a dia, requer disciplina para fazer o básico. Inovação, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não se faz sem disciplina. Para inovar é preciso, disposição disciplinada na experimentação.

Um líder disciplinado cria e cultua hábitos saudáveis, melhora tanto o exercício do seu próprio trabalho, facilita a vida dos liderados e gera resultados para a organização.

5. Exercer a coragem

Segundo a Forbes, a coragem é a habilidade que distingue gestores de grandes líderes. Nesse sentido, o líder de resultado deve se sentir capaz de assumir riscos e tomar decisões com potencial revolucionário de mudanças no mercado.

A coragem é uma virtude que envolve a habilidade de desbravar caminhos, enfrentar situações, experimentar o novo, mover céus e terra, em prol de um objetivo, disponibilidade para falar o que poucos dizem e ouvir o que não se quer escutar.

Essa ousadia — na medida certa, é claro — inspira os liderados, surpreende os clientes e gera diferenciais competitivos para a empresa.

Sendo uma virtude, a coragem, precisa ser praticada no cotidiano, para que ser desenvolvida ou até mesmo ajustada. A coragem excessiva pode atropelar pessoas e processos. Na ausência da coragem, encontramos a inação ou laissez faire – palavra francesa que significa “deixar passar, sem interferências”. A rigor, esse comportamento quando presente em líderes, denota ausência de liderança.

6. Gerenciar – sem o “microgerenciamento”

Não basta ter os comportamentos de liderança adequados, se não há uma rotina disciplinada no gerenciamento das atividades e delegações realizadas. Dificilmente as coisas irão acontecer, sem um acompanhamento, por um simples motivo: a maioria das pessoas não são autogerenciáveis, inclusive os líderes.

É bom lembrar que, se o líder não acompanha a sua equipe, para que precisamos de líderes? As equipes autônomas, chamados squads darão conta do recado. Mas, ainda há poucas equipes autônomas em funcionamento e com entregas alinhadas com as expectativas desejadas e necessárias nas companhias.

Outro aspecto, gerenciar é totalmente diferente de microgerenciar. O primeiro é uma condição básica para qualquer líder e envolve o estabelecimento de metas, controle e acompanhamento dos recursos utilizados. O segundo perpassa por envolver-se com atividades e controles que, embora tenham alguma importância, não têm relevância alguma para a estratégia e geração de resultados da organização.

Erros que não podem ser cometidos na liderança de resultado

Acima, discorremos habilidades e competências que não podem faltar na atuação de um líder de resultado. Mas, para reforçar o propósito deste conteúdo, listamos alguns erros que, embora recorrentes em algumas organizações, jamais podem ser praticados pela liderança.

  • Buscar a autoridade pelo medo: o estilo de liderança “autoritária” busca o exercício do poder pelo medo. Lembre-se de que essa é uma estratégia que, dificilmente, funciona, afinal, a tendência é que os liderados acabem se voltando contra ele. Os colaboradores não devem sentir medo do líder, mas, sim, enxergá-lo como uma figura acessível, com a qual é possível tirar dúvidas e até se espelhar em suas ações.
  • Não aceitar ideias diferentes: Quando o líder ignora as ideias de seus liderados, acaba prejudicando, também, a empresa, deixando de lado algo que poderia render bons resultados. Além disso, baixa o moral e consequentemente o e engajamento dos liderados.
  • Agradar a todos: Liderar verdadeiramente é a certeza de que não conseguirá agradar a todos. O líder que busca a aceitação de todos, toma decisões para agradar aos outros. E esse o caminho mais curto para o insucesso.
  • Não exercer assumir a responsabilidade de desenvolvedor de pessoas: O papel de desenvolver os liderados não é do RH e sim do líder. O RH é apenas um facilitar do processo. Ao evitar assumir esse papel, o líder prejudica os seus resultados e da empresa, além de dificultar a carreira dos liderados.
  • Focalizar apenas o resultado, sem considerar as pessoas: um líder que entrega resultados superiores, não o faz a qualquer preço. Atingir o resultado, em detrimento das pessoas, é desastroso. A curto prazo parece ter ganhos, mas na realidade está sendo criado um grande passivo a ser pago pela companhia, como: ausência de sucessores, marca empregadora negativa, alta rotatividade, baixa performance.

Como preparar-se para ser um líder de resultado em meio à transformação digital

Um líder de resultado busca o aperfeiçoamento de suas habilidades, pois, entende que, quanto mais preparado, mais facilidade executará as suas funções e resolverá problemas. Tudo isso, é claro, considerando o cenário do mercado atual marcado pela transformação digital, que trouxe mudanças significativas para as empresas e lideranças de todos os níveis.

Nesse sentido, contar com uma formação consistente, prática, aplicável e com orientação à resultados é peça-chave — o que pode ser feito, por exemplo, por meio de treinamentos de alta performance, coaching executivo ou de liderança, entre outras soluções empresariais que aumentem a performance desses colaboradores. Trata-se da melhor forma de desenvolver competências e visão estratégica, desde que essas lideranças apliquem com disciplina o que aprenderam em sala.

Uma coisa é certa: não há milagres no processo de desenvolvimento e aquisição de competências técnicas ou comportamentais de liderança, se a prática não for mantida, a mudança e o resultado esperado não ocorrerão.

Como foi possível perceber, saber como liderar é algo que vai além de, simplesmente, delegar tarefas e dar feedbacks. Para lidar com pessoas, engajando-as à corporação, é fundamental, no mínimo, contar com as características que citamos neste post.

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Lília Barbosa & Creoncedes Sampaio

liliabarbosa@cozex.com.br/sampaio@cozex.com.br

Referências bibliográficas:

https://www.forbes.com/sites/forbescoachescouncil/2018/07/27/nine-steps-to-develop-leadership-discipline/#38168ec71fbe

https://www.forbes.com/sites/hbsworkingknowledge/2017/04/24/courage-the-defining-characteristic-of-great-leaders/#1ed935311ca5

https://smallbiztrends.com/2018/05/the-difference-between-a-boss-and-a-leader.html