Coaching e Autoconhecimento

Blog

O autoconhecimento é condição fundamental de qualquer processo de mudança. Esta é uma premissa existente desde a antiguidade nos escritos de Platão, Sócrates, Aristóteles, aos dias de hoje, com renomados especialistas como Peter Senge, Daniel Goleman, Marshall Goldsmith, entre outros.

O coaching é um processo de mudança que conduz o indivíduo ao alto desempenho na vida pessoal ou profissional, por meio da utilização de técnicas e ferramentas validadas. Então, não se pode conduzir um processo de coaching sem abrir uma fenda significativa para o autoconhecimento do cliente (coachee).

O coaching desnuda cuidadosamente e respeitosamente o cliente com duas intenções muito claras:

1) Conhecer o cliente: seus valores, sua tendência comportamental, como constrói seus pensamentos, as principais emoções utilizadas, seus objetivos e sonhos, crenças, habilidades, hábitos, entre outras questões que podem ajudar ou dificultar a consecução do objetivo contratado no processo de coaching.

2) Dar a oportunidade ao cliente ampliar sua consciência sobre si mesmo e entender claramente os comportamentos que contribuem para seu sucesso e o que possivelmente o prejudica e, sobretudo, como encontrar o caminho para transformar o ciclo vicioso que o impede de atingir seus objetivos, em um ciclo virtuoso de crescimento.

Tecnicamente todas as fases do processo de coaching são importantes, porém, esta fase é uma das que determinam  o sucesso. Se o coach errar neste momento, as chances de atingir o objetivo são remotas. Por isso, o coach preparado deve conhecer mais de uma ferramenta de assessment validada cientificamente, para que possa fundamentar o conhecimento do estado atual do cliente. São exemplos de assessments validados em pesquisas científicas:

1) Alfa Assessment:  Identifica os estilos de liderança: comandante, estrategista, visionário e executor. Segundo as pesquisas realizadas cerca de 75% dos altos executivos são alfas, pessoas que mobilizam céus e terra em busca de seu objetivos. São pessoas  altamente realizadoras, com senso de urgência e assertividade. Porém, quando estão no modo disfuncional, podem destruir equipes, empresas e sua própria carreira. O assessment identifica em cada estilo as forças e riscos, bem como estratégias de reforçar o que tem de melhor e minimizar os riscos, bem como lidar com cada tipo de alfa no ambiente de trabalho. É um dos assessments mais contemporâneos de liderança, validados cientificamente no mundo. Foi desenvolvido por Kate Ludeman e Eddie Erlandson da Worth Ethic Corporation, autores do livro a Síndrome do Macho Alfa. É uma excelente ferramenta para trabalhar questões individuais e processos de coaching de times.

2) Quantum Assessment:  Identifica a tendência comportamental do indivíduo e seu impacto no trabalho, analisando quatro fatores: estilo de ação/foco em resultados; comunicação/ênfase em pessoas; ritmo/multifuncionalidade e apego a regras e referencias externas. É possível identificar se a tendência é gerencial ou especialista, se o moral esta elevado ou baixo, grau de energia e flexibilidade do indivíduo em  mudar a intensidade de suas características, de acordo com a necessidade do ambiente.  O Quantum tem base científica na teoria de Marston, Al Sieber e nos estudos da Claudia Riecken. Possui cerca de 98,7% de acuidade. O Quantum é bastante utilizado para trabalhos de desenvolvimento, recrutamento seleção,  análise de adequação do perfil ao cargo e processos de coaching.

3) DISC – Identifica a tendência comportamental do indivíduo com base em 04 fatores: dominância – tendência a trabalhar por resultados, influência- tendência a trabalhar com pessoas, estabilidade – perfil voltado a rotinas e conformidade – perfil voltado a regras e procedimentos.  A base científica é de Marston  e Hendrickson. É bastante utilizado em desenvolvimento, recrutamento e seleção e processos de coaching.

4) MBTI: Identifica os tipos psicológicos do indivíduo, como base os estudos realizados por Katharine Briggs e Isabel Myers sobre a teoria dos tipos psicológicos de Carl G. Jung. Está em uso há quase 60 anos. O questionário apresenta questões que identificam as preferências do indivíduo em quatro escalas, cada qual consiste de dois pólos opostos, ou seja, extroversão e introversão, sensação e intuição, pensamento e sentimento, julgamento e percepção.

Todos os assessments tem formações específicas voltadas para o profissional aprender a fazer a interpretação dos resultados com propriedade.

A melhor dica é: conheça a si próprio! Contrate a devolutiva com um profissional qualificado, depois, contrate a aplicação  nos processos que você conduz, caso seja a sua necessidade. E, se for oportuno, caso você trabalhe com desenvolvimento humano, invista em  uma ou mais formações em assessments diferentes. Lembre-se que nenhum assessment é completo, aplicar ou fazer mais de um é essencial para descortinar uma visão mais ampla e completa do indivíduo.

Se você se interessar sobre como fazer  algum dos assessments acima, a Cozex pode ajuda-lo, contate-nos, se desejar.

Lília Barbosa

Sócia diretora da Cozex

liliabarbosa@cozex.com.br